Uma das principais etapas na construção de uma sala de equipamentos ou data center é a montagem dos racks e instalação do cabeamento. Essa etapa costuma causar inúmeras dúvidas nos operadores e profissionais de TI.
Dessa forma, preparamos este artigo para auxiliar nossos leitores na montagem dos equipamentos e na escolha dos componentes.
Como sabemos, o rack é uma estrutura metálica, no formato de gabinete ou parede, que armazena e organiza equipamentos de TI, além de diversos componentes de instalação. Os racks podem ser instalados nas salas de equipamentos (ERs) ou nos armários de telecomunicações (TR/Tes).
Os equipamentos de TI, também chamados de “ativos”, são os principais elementos do rack. São eles os responsáveis pela execução das funções de TI. Mas, para funcionarem, devem ser conectados e acomodados pelos componentes de instalação. De modo geral, os principais elementos instalados em um rack são:
Assim, juntamente com os ativos, num rack encontra-se um extenso conjunto de componentes utilizados na instalação desses equipamentos.
Normalmente, os DIOs e os equipamentos são instalados na parte superior do rack. Os patch panels e o cabeamento metálico são colocados na parte de baixo do rack. E na parte traseira do rack são instaladas as réguas de tomada, alimentadas por um circuito elétrico independente.
Essa distribuição facilita o processo de operação e manutenção da rede. Numa futura expansão, quando houver maior ocupação dos racks, basta deslocar os patch panels para baixo e instalar os equipamentos adicionais na parte de cima. Isso já está previsto nas normas técnicas.
Quanto ao cabeamento, há duas possibilidades de entrada no rack: pela parte superior e pela parte inferior.
De maneira geral, a entrada do cabeamento deve ser feita pela parte superior do rack, utilizando os acessórios adequados para evitar arestas cortantes. Porém, caso a SEQ possua piso elevado, o ideal é que a entrada seja feita pela base do rack. Aliás, é exatamente por este motivo que existe a instalação por piso elevado — para organizar melhor a sala, já que com o cabeamento trafegando por baixo do piso haverá mais espaço livre no ambiente.
Por fim, o distribuidor óptico é instalado no topo do rack, sendo necessários DIOs adicionais quando a conexão de WAN for provida por mais de uma operadora (DIOs exclusivos são exigência das operadoras). Também será necessário um distribuidor quando o backbone usar cabos ópticos.
Lembrando que o cabeamento de backbone óptico sempre termina nos DIOs. Ou seja, o cabo sai da sala de equipamentos (ER) e vai até a sala ou armários de telecomunicações (TR/TE). A terminação dos cabos exige esse acessório de conexão.
Vamos agora ver como é feita a instalação dos acessórios dentro do rack. Em primeiro lugar, os distribuidores ópticos.
O DIO conterá as bandejas para acomodar as emendas do cabo óptico com as terminações ópticas (chamadas de pigtails, um conector óptico que vem conectorizado num pequeno pedaço de fibra), os adaptadores ópticos e os painéis de fixação. O cabo óptico entra no DIO e é feita a fusão com o pigtail.
Na parte da frente do DIO, há um painel para fixar os adaptadores ou acopladores ópticos — como os conectores são sempre macho, é necessário um acoplador para fazer o alinhamento entre os dois conectores. Por fim, a entrada dos cabos acontece pela parte traseira (ou pela lateral) do DIO.
Apesar de essas serem as instruções para montagem do DIO, é importante observar o manual do fabricante. Nele estarão contidas todas as informações corretas de entrada dos cabos e montagem das bandejas.
Como parte do processo de montagem do rack, quando há fibra óptica, uma máquina de fusão é necessária porque o cabo óptico que chega até o DIO tem que ser emendado com pigtails.
Um acessório fundamental do DIO é a bandeja. São elas que protegem e acomodam as emendas, evitando danificações do cabo numa eventual manutenção. A proteção das emendas ocorre com o uso dos tubetes (também chamados de “protetores de emenda óptica”), um material plástico com cerca de 60mm. As bandejas acomodam até 24 emendas, sendo necessárias bandejas adicionais para DIOs de maior capacidade.
Finalmente, a acomodação dos cordões ópticos, que fazem a conexão do DIO com os equipamentos, pode ser feita no organizador horizontal ou vertical dos racks.
Nesta seção, vamos falar sobre a colocação dos cabeamentos.
O cabeamento horizontal, quando feito com cabo UTP rígido, sempre termina no patch panel instalado no rack (TR/TE ou ER). Na sala de equipamentos, podemos ter um patch panel para atender as work areas (WA) daquele andar — ou seja, não é necessário instalar mais um rack só para atender esse cabeamento horizontal. Frisando que a terminação do equipamento é sempre no patch panel: nunca conectado diretamente nos switches.
No caso do backbone com cabo UTP rígido, a terminação será da sala de equipamentos (ER) para os armários de telecomunicações (TR/TE) — ou seja, também sempre terminando em patch panel. Isso é uma constante nas instalações: o cabeamento sempre termina no patch panel.
A descida dos cabos no rack deverá ser feita com o acessório adequado em curva de 90° das eletrocalhas. Isso evita que os cabos sejam danificados com o peso exercido sobre eles nas arestas cortantes.
O encaminhamento dos cabos pode ser feito para esquerda e direita alternadamente. Essa distribuição facilita uma futura manutenção, possibilitando o deslocamento do patch panel para a frente do rack.
Por fim, a reserva técnica a ser deixada para possibilitar futuras manutenções deverá ser de 3 metros e poderá ser distribuída no fundo do rack e nos organizadores.
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